Descarbonizar a cadeia de distribuição: objetivos e desafios

vista aérea de estrada rodeada de floresta

A descarbonização da cadeia de abastecimento é fundamental para enfrentar os desafios de sustentabilidade. Os operadores, que atuam desde o momento da obtenção das matérias primas até a entrega do produto ao consumidor final, podem dar um importante contributo na luta contra as alterações climáticas e a favor de um futuro mais verde. 

Várias empresas têm tornado público os seus compromissos para a neutralidade carbónica nas suas operações. Há, no entanto, fatores – como a escassez de matérias primas para a produção de alternativas ecológicas – que podem ter impacto na transição tão desejada.  

Empresas assumem compromisso carbono zero já para 2030

A par com uma previsão de aquecimento global na ordem de 1,5ºC antes mesmo de 2030, algumas empresas internacionais têm assumido compromissos ambiciosos de atingir a neutralidade já no final da década. A Scania, fabricante Sueca de camiões e pioneira na aplicação a estes veículos de soluções elétricas ou a gás natural, já anunciou o compromisso para descarbonizar a sua cadeia de distribuição até 2030.

Mais defensiva é a Maesk que aponta o objetivo para 2040.
Já no âmbito público e em Portugal, particularmente, no Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050 assume-se o objetivo de reduzir os níveis de emissões atuais e aumentar os sumidouros de carbono nacionais até 2050. 

Matérias primas­ como fator-chave mas com desafios associados

Num estudo recente, a McKinsey refere que o fornecimento de muitos minerais e metais incorporados nas principais tecnologias de baixo carbono enfrentará escassez até 2030.

O níquel, por exemplo, poderá sofrer uma escassez na ordem dos 10-20%. Já o disprósio, um material magnético utilizado na maioria dos motores elétricos, poderá sofrer uma escassez até 70% em relação à procura. 

Esta é a outra face da moeda: com a transição verde espera-se uma nova dinâmica no mercado das matérias primas, que pode ditar a procura por novos alternativas, por exemplo, com maior preponderância das energias renováveis.

Segundo a McKinsey, citada na Supply Chain Magazine, uma série de ações relacionadas com oferta, procura, inovação e políticas são essenciais para equilibrar a equação e garantir uma transição eficiente. Do lado da oferta, o estudo sublinha a importância de expandir de forma oportuna os projetos já anunciados, o que vai requerer um aumento na exploração de mineração acima das taxas de crescimento históricas para muitos materiais. Paralelamente, a exploração mineral deve ser duplicada para garantir uma oferta expandida para além de 2030. 

Como está a encarar o compromisso com a sustentabilidade na sua empresa? Na APOL é um tema recorrente e que merece a atenção da Associação e das empresas que dela fazem parte. Junte-se a nós e caminhe connosco para um futuro mais verde, inscreva-se como associado.  

Referências bibliográficas:

Supply Chain Magazine, Descarbonização transforma cadeias de distribuição de matérias-primas, 2023. Acedido em 19 de Fevereiro de 2024. Logística Moderna, Scania descarboniza cadeia de distribuição até 2030, 2023. Acedido em 19 de Fevereiro de 2024.
EnergyCon, Como descarbonizar a cadeia de abastecimento?, 2023. Acedido em 19 de Fevereiro de 2024. 

Contacte-nos

Ligue-nos ou preencha o seguinte formulário para que possamos entrar em contato consigo. Procuraremos para responder a todas as perguntas dentro de 24 horas em dias úteis.