Logística posiciona-se para corresponder ao “omnichannel”

Os operadores logísticos necessitam de continuar a inovar os seus processos e a sua tecnologia para fazer chegar os produtos de forma rápida, eficiente e ao melhor preço ao destino final.

A logística está sempre em constante evolução e tem de se adaptar rapidamente ao que o mercado procura. É o caso do conceito de proximidade, que leva a surgir igualmente novos conceitos de distribuição urbana, na qual é potenciada a adaptação de todas as infra-estruturas de armazenamento e viaturas de transporte.

A era “omnichannel” exige desafios que passam pela eficácia na implementação das integrações de informação, permitindo que os fluxos de informação e mercadorias sejam o mais transparentes possível.

“O crescimento do ‘e-commerce’ tem sido o principal desafio parao sector, assim como a principal oportunidade. Este crescimento irá, sem dúvida, fazer com que a cadeia logística de abastecimento evolua e dinamize o mercado”, constata Nuno Rangel, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL).

O mercado logístico português é composto por muitas empresas logísticas, desde as mais pequenas elou de génese nacional até às grandes multinacionais mundiais, e Nuno Rangel defende que este mercado pode ser interessante para empresas nacionais e estrangeiras, que a partir da aprendizagem do mercado podem melhor explorar o posicionamento como plataforma de logística ou investimento para os países africanos. De acordo com este responsável, nos últimos anos, o aumento das exportações trouxe um suplemento aditivo à actividade económica do país e os operadores foram beneficiários directos dessa circunstância. Contudo, este ano, com a estabilização dos fluxos quantitativos para o exterior e a necessidade para a consolidação, está a reorientar as atenções dos operadores para assuntos que transcendem as fronteiras naturais da logística.

O presidente da direcção da APOL defende que os novos modelos de negócio, como o Uber, são claros indicadores de que os operadores têm de estar ao nível da dinâmica do mundo. No sector da logística, Nuno Rangel diz que as dificuldades e os desafios se transformam em oportunidades, o que é motivado pela “capacidade de adaptação e relação com o imprevisto, característicos da operação logística”. Ter um código de classificação das actividades económicas (CAE) próprio de logística irá permitir ter dados mais concretos sobre o real contributo específico dos operadores logísticos ou da logística. Comparado com outros países desenvolvidos da Europa, a logística deve representar entre 8 a 10% do PIB”, esclarece Nuno Rangel.

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